O educador acolhe os que dele se aproximam – crianças curiosas, jovens (ora entusiastas, ora desconfiados) e adultos de coração endurecido. Ensina com palavras simples, orienta por meio de atos pequenos, situações corriqueiras e exemplos involuntários, mas sinceros. Educar é como lançar sementes ao solo que a ocasião oferece – árido ou fecundo, úmido ou ressequido, receptivo ou esquivo. Não espera o semeador reconhecimento, gratidão ou retribuição. Aprendeu que a beleza de sua arte está em ver de longe suas sementes se transformarem em arvores frondosas, os desertos se tornarem jardins, e então ocultar no próprio coração a alegria de ter semeado. Sua recompensa é ter amado a terra.
Paulo Pozzebon
(Imagem: http://mantenedordafe.org/blog/?p=10481)
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