terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pastoral Vocacional ou o Serviço de Animação Vocacional

O que é a Pastoral Vocacional ou o Serviço de Animação Vocacional?

É um trabalho pastoral da Igreja que visa despertar os cristãos para a vocação humana, cristã e eclesial, discernir os sinais indicadores do chamado de Deus, cultivar os germes de vocação e acompanhar o processo de opção vocacional consciente e livre (cf. DBFP, nº 27).

Introdução. Vamos seguir um esquema de oito critérios que estruturam a pastoral vocacional, partindo do conceito de vocação, passando pelas conseqüências deste conceito, terminando no que entendemos por Pastoral Vocacional. Acentuamos a questão da mediação eclesial pois julgamos essencial para a estruturação da PV. Aliás, a mediação, quer seja eclesial, quer seja na base do testemunho dos agentes, é ponto fundamental para a eficácia da PV.

Ainda propomos algumas pistas para a implantação da PV numa diocese e uma breve reflexão sobre a PV e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Como acreditamos que a verdadeira PV desperta o cristão não só para os ministérios ordenados (epíscopo, presbítero e diácono), concluímos propondo algumas anotações sobre os ministérios na Igreja.

Na linha do conceito de vocação

Primeiro critério: "Fundamentalmente, a vocação cristã é um chamado do Pai à salvação, por meio do seguimento e da identificação com Jesus
Cristo, dentro de um povo. A esta vocação o cristão deve responder com uma opção concreta na Igreja e a serviço dela, tanto do ponto de vista ministerial, quanto carismático, nos diversos estilos de vida".

Segundo critério: "A vocação como chamado/opção se identifica com a dinâmica da fé. Com efeito, a fé como diálogo supõe um processo onde a palavra salvífica de Deus, feito pessoa redentora em Cristo, através de acontecimentos históricos, que culminam na Páscoa e no Espírito de Pentecostes desperta o homem e a mulher para uma opção progressiva
por Cristo para chegar ao Pai no Espírito Santo. Esta opção vai desde a conversão ( cf. Ad gentes 13 - adesão ao Senhor), passando pela vivência profunda da prática cristã e dos sacramentos (cf. Ad gentes 14 - catecumenato), até à opção apostólica cristã, expressa nos ministérios e carismas diversos a serviço da Igreja (Ad gentes 15 - vários ministérios).

Assim, ainda que vocação seja todo o processo de chamado/opção - a partir da conversão até a opção por um estilo de vida- consideramos que o processo vocacional propriamente dito começa na opção apostólica e se realiza num estilo de vida concreto dentro da Igreja".

Na linha das conseqüências

Terceiro critério: "O cristão somente escutará este chamado através e dentro da comunidade cristã (cf. LG nº 9 - salvação através de um povo). E só chegará à opção, por um estilo de vida dentro da Igreja, se esta comunidade for abertamente apostólica e eucarística. Porém, esta comunidade deve possuir uma vivência espaço-temporal concreta, e por isso sublinhamos a estreita união que existe entre opção vocacional por estilos de vida e comunidade de fé, como grupos humanos apostólicos e concretos,
que se reúnem para rezar, ouvir a palavra de Deus, celebrar a Eucaristia e assumir os compromissos decorrentes desta vivência de fé.

Quarto critério: "Mesmo suposta a influência da comunidade, a opção vocacional é um ato eminentemente pessoal e personalizante. Do ponto de vista do apelo, supõe o reconhecimento e a transcendência de Deus e uma experiência pessoal de Cristo que, apesar de se manifestar na comunidade, nela não se esgota mas a ultrapassa e que chama a um diálogo interpessoal no amor. Do ponto de vista da resposta, supõe uma maturidade tal na opção
pessoal, que seja capaz de chegar a respostas cada vez mais comprometidas no amor até ‘o ficar comprometido’ e apto a se definir perante a Igreja e a sociedade, por opções - em si mesmas- definitivas".

Quinto critério: "É essencial, para a opção vocacional, a renovação das
imagens da própria Igreja e das diversas vocações dentro dela. Sem estas imagens renovadas nossos jovens não encontrarão o caminho da opção. Ser uma imagem de vocação, que realiza a pessoa e a faça feliz. Ser uma imagem heróica, isto é, que lute por algo que valha a pena apostar a vida, sem esconder as dificuldades desta luta. Ser uma imagem encarnada em nossas realidades, de maneira que responda de forma positiva às necessidades de nossa sociedade ".

Sexto critério: "O ponto central da ação de toda a PV é aquele que parte da opção apostólica (inserção na comunidade, na variedade dos ministérios)
até chegar à opção por um estilo de vida concreto dentro da Igreja. A vocação cristã supõe homens e mulheres, que já vivam um estilo de
vida, escolhido livremente e com maturidade, homens e mulheres que
estejam a caminho como convertidos e que se encontrem num processo
de opção. Apesar de que este último não seja um estado de vida estável, mas um processo em vias de chegar à escolha de uma vocação particular,

podemos chama-lo de ‘estado de opção’".Na linha da Pastoral Vocacional

Sétimo critério: É um trabalho pastoral da Igreja que visa despertar os cristãos para a vocação humana, cristã e eclesial, discernir os sinais indicadores do chamado de Deus, cultivar os germes de vocação
e
acompanhar o processo de opção vocacional consciente e livre de tal modo que expresse seu serviço ministerial ou carismático para a Igreja, em qualquer dos estados de vida (cf. DBFP, nº 27).

Esta ação pastoral a Igreja a exercerá renovando a sua própria imagem e de seus ministérios, acompanhando o vocacionado no seu
processo de amadurecimento pela opção.

Oitavo critério: A Pastoral Vocacional assim entendida supõe uma Igreja:

1.
Trinitária. "Consumada, pois, a obra que o Pai confiara ao Filho realizar na terra (cf. Jo 17,4), foi enviado o Espírito Santo no dia de Pentecostes a fim de santificar perenemente a Igreja para que assim os crentes pudessem aproximar-se do Pai por Cristo num mesmo Espírito (cf. Ef 2,18)" (LG 4);

2.
Ministerial. " Não é apenas através dos sacramentos e dos ministérios que o Espírito Santo santifica e conduz o Povo de Deus e o orna de virtudes, mas, repartindo seus dons ‘a cada um como lhe apraz’ (1Cor 12,11), distribui
entre os fiéis de qualquer classe graças especiais. Por ela os torna aptos e prontos a tomarem sobre si os vários trabalhos e ofícios, que contribuem para renovação e maior incremento da Igreja, segundo estas palavras: ‘A cada um
é dada a manifestação do Espírito para utilidade comum’ (1Cor 12,7). Estes carismas, quer eminentes, quer mais simples e mais amplamente difundidos, devem ser recebidos com gratidão e consolação, pois que são perfeitamente acomodados e úteis às necessidades da Igreja" (LG 12);

3.
Igualitária. "Um é pois o Povo eleito de Deus: ‘um só Senhor, uma só
fé, um só batismo’ (Ef 4,5). Comum a dignidade dos membros pela regeneração em Cristo. Comum a graça de filhos. Comum a vocação à perfeição. Uma só a salvação, uma só a esperança e indivisa caridade. Não há, pois, em Cristo e na Igreja, nenhuma desigualdade em vista de raça ou nação, condição social ou sexual (cf. Gal, 3,28; Col 3,11). Se pois na Igreja nem todos seguem o mesmo caminho,
todos, no entanto, são chamados à santidade e receberam a mesma fé pela justiça de Deus (cf. 2 Ped 1,1). E
ainda que alguns por vontade de Cristo sejam constituídos mestres, dispensadores dos mistérios e pastores em benefício dos demais, reina, contudo, entre todos verdadeira igualdade quanto à dignidade e ação comum a todos os fiéis na edificação do Corpo de Cristo" (LG 32). Não confundir, porém, igualdade com igualitarismo. Entre o sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial há uma diferença não de grau, mas de natureza. "Se
a diferença fosse de grau, seria certamente contrária à igualdade fundamental de todos os cristãos, porque estariam no mesmo sacerdócio, porém, alguns em grau superior (‘mais’ sacerdotes) e os outros em grau inferior. Ao invés disso, sendo a diferença não de grau, mas de natureza,
as relações não são de inferioridade e superioridade, mas são relações orgânicas (de funções), mais complexas".

4.
Missionária. "A Igreja peregrina é por sua natureza missionária. Pois ela se origina da missão do Filho e da missão do Espírito Santo, segundo o desígnio de Deus Pai" (AG 2). Apta a responder sempre mais às exigências novas que a sociedade se lhe apresenta (cf. AG 6).

5.
Inculturada. "Reconheçam-se (os missionários) como membros do corpo social em que vivem, e tomem parte na vida cultural e social através das várias relações e ocupações da vida humana. Familiarizem-se com suas
tradições nacionais e religiosas. Com alegria e respeito descubram as sementes do Verbo aí ocultas" (AG 11).

6.
Sinodal. "Desde os primórdios da Igreja, os Bispos, colocados à frente de Igrejas particulares, levados pela comunhão fraterna da caridade e pelos cuidados da missão universal confiada aos Apóstolos, uniram sua energias e suas vontades na promoção do bem tanto comum quanto de cada uma das Igrejas. Por esta razão constituíram-se Sínodos ou Concílios provinciais ou enfim Concílios plenários. Neles os Bispos estabeleceram, para as várias
Igrejas, um teor comum a ser observado tanto no ensino das verdades
de fé quanto na organização da disciplina eclesiástica.

Deseja este Santo Sínodo Ecumênico que o venerável instituto dos Sínodos e Concílios seja revigorado" (CD 36). Este espírito de Igreja Sinodal, de comunhão e participação, se expressa claramente na Pastoral de Conjunto de uma Igreja Particular. A Pastoral de Conjunto não é uma caminho optativo: é a condição indispensável da ação eclesial; e tampouco ela pode surgir só da política do Bispo, tem que se ancorar na consciência de todos os membro da Igreja, perpassar toda a estrutura eclesial. Assim, somos incentivados a criar conselhos nos mais diversos níveis para que haja efetivamente participação
de todos nas decisões e se promova a comunhão de pessoas e ideais (cf. DGAE, nºs 296 a 303).

7.
Conclusão. Poderíamos elencar muitas outras notas sobre a Igreja sobretudo aquelas que lhe dão uma feição mais latinoamericana:

Igreja
SAMARITANA - Diakonia

Tem compaixão e partilha com os pobres, consola os aflitos, alivia os sofredores, cura os doentes.

Encontra o Ressuscitado tocando as chagas dos irmãos.

Igreja
CASAÛ COMUNIDADE - Koinonia

Acolhedora: diálogo Û encontro que humaniza. Intimas relações interpessoais Û comunhão responsáveis uns pelos outros. Igreja toda ministerial

Igreja
SANTUÁRIO - Liturgia

Espaço para Deus Û Arca da Aliança. Ícone da Trindade Û A melhor comunidade

Escola de Oração na vida. Eucaristia: fonte e cume da Igreja

Igreja
PROFECIA - Martyria

Denúncia: Injustiça Û opressão. Anúncio : Esperança Û Reino de Deus

Exigência: conversão e ação transformadora

Igreja
MISSIONÁRIA - Kerigma/Diakonia

Discípula de Jesus e Peregrina. Evangelho Inculturado.
Policêntrica -- ecumênica

Aqui estão, sem dúvida, as bases para uma eclesiologia que favorece uma Pastoral Vocacional mais aberta. Toda a reflexão pós-conciliar caminha na mesma direção. Vocação missionária (Evangelii Nuntiandi), inserida no contexto latino-americano (Medellin), marcada pela opção pelos pobres (Puebla), inculturada e que leva em conta o protagonismo laical (Santo).

Fonte: http://www.sav.org.br


MTA - Movimento Teresiano Apostólico


MTA
Tal como o nome o define, o MTA é um movimento: "série de atividades organizadas por pessoas que trabalham em conjunto para alcançar determinado fim"; isto significa que deverá ser algo sempre em caminhada, em situação de mudança, tomando as cores do momento histórico e da região em que está inserido. Por ser Teresiano, partindo do pensamento catequético de Enrique de Ossó, será marcado pela pessoa e orientação de Santa Teresa de Jesus. Portanto, indelevelmente marcado pela oração e pelas virtudes da Alegria, Verdade, Grandeza de Alma e Gratuidade. É movimento de Apostolado e, como decorrência, terá em seus objetivos, atividades, programação um sentido de ação evangelizadora. Tal se define e é vida o Movimento Teresiano de Apostolado. É associação pública, de natureza laica, vinculada à Companhia de Santa Teresa de Jesus, como descrito nos Estatutos do Movimento.
Transformar o mundo através do binômio oração/ação, do viver e proclamar o Evangelho de Jesus pela palavra e pelas ações. Seu lema específico: ser cristãos de verdade em seu próprio ambiente (estatutos, artigo 2) através do cotidiano, pelo seu ambiente de estudo ou trabalho, marcado conscientemente por uma vida cristã pautada nas palavras de Jesus. Consequentemente, a programação do MTA valorizará a vida na comunidade (fator tão importante no Movimento),a oração e o engajamento em ações que levem Vida aos outros irmãos. O compromisso de cada membro do MTA é diferenciado segundo o setor a que pertence.
"A espiritualidade do MTA, por ser eminentemente Teresiana se caracteriza por: a. amor a Jesus Cristo, manifestado em critérios e atitudes evangélicas.
b. adesão firme e inquebrantável à Igreja, pela vivência cada vez mais consciente do compromisso batismal de seus membros, e pela fidelidade ao seu Magistério.
c. amor a Maria, Mãe de Deus, como modelo perfeito de sua espiritualidade. d. conhecimento e amor a Teresa de Jesus, como mestre e oração e vida."
(Estatutos, artigo 3º)
O Movimento Teresiano de Apostolado abrange a infância, aadolescência e juventude e vida adulta.
Fonte: http://www.cstj.com.br/mta/oqueemta.htm#

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

MDJ - Missão Diocesana Juvenil

Quero que conheçam um pouco das atividades pastorais que desenvolvo. Começando pela MDJ

A MDJ - Missão Diocesana Juvenil é um projeto, ou seja, uma pastoral em construção na Diocese de Guarapuava. Sua origem nos remete à Congregação dos padres do Sagrado Coração de Jesus. Estes desenvolvem nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul um trabalho missionário onde os jovens (agentes de pastoral, seminaristas e noviças) são preparados para participar de uma experiência missionária durante as férias.

O preparo para a missão se dá pela participação dos jovens nos grupos de jovens (denominados grupos de base) de suas respectivas paróquias. Alguns destes, ou a grande maioria dos jovens, por ocasião das férias, doam um pouco do seu tempo e partem para missão numa paróquia preestabelecida, conforme afirmamos acima.
O projeto desenvolvido pelos padres do Sagrado Coração de Jesus foi visto com bons olhos pelo bispo diocesano de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, que então decidiu encaminhar o Padre Erondi e alguns seminaristas da diocese para tomarem conhecimento da experiência de missão que os padres da já mencionada congregação desenvolvem com os jovens de suas paróquias.
Depois de conhecer tal experiência Pe. Erondi com apoio do bispo diocesano implantou a MDJ em Guarapuava, semelhante às missões juvenis do Sagrado Coração de Jesus. A primeira experiência missionária foi realizada na paróquia Imaculada Auxiliadora, em Porto Barreiro-PR. Na qual mais de 70 jovens participaram como missionários. Período de 2006-2007.
A segunda paróquia Missionado foi São Roque em Boa Ventura de São Roque-PR, onde fomos acolhidos pelo Pe. Sebastião Guina, nos anos de 2008 e 2009.

E agora nos preparamos para a missão aróquia São Sebastião em Goioxim-PR, onde contamos com o apoio do Pe. Osmar Duarte e Pe. José Joles Glufka, bem como de alguns jovens missionários que participaram em outras edições da MDJ e das lideranças locais.
Podem fazer parte da MDJ todos aqueles jovens (homens e mulheres) de boa vontade dos mais diferentes movimentos e pastorais que desejam serem missionários dentro da Diocese de Guarapuava.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A mais pura verdade...hehe

RATINHOS DO SENADO

Curso de Filsofia


FILOSOFIA (Licenciatura)
Guarapuava - Noite

É uma licenciatura de caráter humanístico que valoriza o auto-conhecimento, a relação com o outro, a consciência ética, o desenvolvimento pessoal e objetiva a formação de professores de filosofia. Caracteriza-se pela reflexão crítica, a fim de compreender os fundamentos da realidade e das questões que constituem o corpo do pensamento filosófico ao longo de toda história. Faz parte da formação a experiência investigativa, a pesquisa, a análise, a discussão e a construção de um pensamento autônomo.

Mercado de Trabalho
Magistério em escolas de ensino fundamental e médio, em universidades e outras instituições que se voltam para a educação continuada. Entidades e instituições que enfatizam as relações humanas e a satisfação dos funcionários em seus ambientes de
Trabalho.

Fonte: http://www.unicentro.br/graduacao/defil/